segunda-feira, 28 de junho de 2010

O SACRAMENTO DO MATRIMÓNIO - Site do Vaticano

Alguns trechos sobre o Sacramento do Matrimônio segundo o Catecismo da Igreja Católica:

1601. «O pacto matrimonial, entre os baptizados, pelo qual o homem e a mulher constituem entre si a comunhão íntima de toda a vida, ordenada por sua índole natural ao bem dos cônjuges e à procriação e educação da prole, foi elevada por Cristo, como Senhor, à dignidade de sacramento» (CIC, cân. 1055, § 1).

O MATRIMÓNIO NA ORDEM DA CRIAÇÃO
1605. Que o homem e a mulher tenham sido criados um para o outro, a Sagrada Escritura o afirma: «Não é bom que o homem esteja só». A mulher, «carne da sua carne», isto é, sua imagem, sua igual, próxima dele, é-lhe dada por Deus como uma «ajuda», representando assim aquele «Deus em quem está a nossa ajuda» (Cf. Sl 121, 2) 'Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe para se ligar a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne'» (Gn 2, 28-25). Que isto significa uma unidade indefectível das duas vidas, o próprio Senhor o mostra, ao lembrar qual foi, «na origem», o desígnio do Criador: «Portanto, já não são dois, mas uma só carne» (Mt 19, 6).

O MATRIMÓNIO NO SENHOR
1612. A aliança nupcial entre Deus e Israel, seu povo, tinha preparado a Aliança nova e eterna, na qual o Filho de Deus, Encarnado e dando a sua vida, uniu a Si, de certo modo, toda a humanidade por Ele salva (Cf. GS 22), preparando assim as «núpcias do Cordeiro» (Ap. 19, 7.9).

1613. No início da vida pública, Jesus realiza o primeiro milagre - a pedido de sua Mãe - por ocasião duma festa de casamento (Cf. Jo 2,1-11). A Igreja dá uma grande importância à presença de Jesus nas bodas de Caná. Vê, no facto, a confirmação do princípio de que o matrimónio é bom, e o anúncio de que, dali em diante, o matrimónio será um sinal eficaz da presença de Cristo.

1614. Na sua pregação, Jesus ensinou sem equívocos o sentido original da união do homem e da mulher, tal como o Criador a quis no princípio: a permissão dada por Moisés, de um marido repudiar a sua mulher, era uma concessão feita à dureza do coração (Cf. Mt 19, 8); a união matrimonial do homem e da mulher é indissolúvel e foi o próprio Deus que a instituiu: «Não separe, pois, o homem o que Deus uniu» (Mt 19, 6).

1615. Esta insistência inequívoca sobre a indissolubilidade do laço matrimonial pôde criar perplexidade e aparecer como uma exigência impraticável (Cf. Mt 19, 10). No entanto, Jesus não impôs aos esposos um fardo impossível de levar e pesado demais (Cf. Mt 11, 29-30), mais pesado que a Lei de Moisés. Tendo vindo restabelecer a origem original da Criação, perturbada pelo pecado, Ele próprio dá força e graça para viver o matrimónio na dimensão nova do Reino de Deus. É seguindo a Cristo, na renúncia a si próprios e tomando a sua cruz (Cf. Mc 8, 34), que os esposos poderão «compreender » (Cf.. Mt 19, 11) o sentido original do matrimónio e vivê-lo com a ajuda de Cristo. Esta graça do Matrimónio cristão é um fruto da Cruz de Cristo, fonte de toda a vida cristã.

1616. É o que o Apóstolo Paulo nos faz apreender, quando diz: «Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela, a fim de a santificar» (Ef 5, 25-26); e acrescenta imediatamente: «'Por isso o homem deixará pai e mãe para se unir a sua mulher e serão dois numa só carne'. É grande este mistério, digo-o em relação a Cristo e à Igreja» (Ef 5, 31-32).

1617. Toda a vida cristã é marcada pelo amor esponsal de Cristo e da Igreja. Já o Baptismo, entrada para o grémio do povo de Deus, é um mistério nupcial; é, por assim dizer, o banho de núpcias (Cf.. Ef 5, 26-27) que precede o banquete nupcial, a Eucaristia. O Matrimónio cristão, por seu lado, torna-se sinal eficaz, sacramento da aliança de Cristo e da Igreja. E uma vez que significa e comunica a graça desta aliança, o Matrimónio entre baptizados é um verdadeiro sacramento da Nova Aliança (Cf. DS 1800; cân. 1055, § 2).

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