quarta-feira, 14 de julho de 2010

Confira as regras de etiqueta na hora de convidar os colegas para o casamento - Site iG - Empregos

Noivos devem dar convite em mãos e pedir discrição, diz consultora
Maria Carolina Nomura


“Cortar cabeças” da lista de convidados é, sem dúvida, a parte mais delicada do planejamento de um casamento. Como selecionar quem vai ficar de fora sem deixar o clima ruim no ambiente de trabalho?

Maria Aparecida Araújo, consultora de comportamento profissional e cerimonial social, diretora da consultoria Etiqueta Empresarial, de São Paulo, diz que os noivos não podem fugir de seu orçamento e sugere que eles convidem as pessoas que eles considerarem imprescindíveis.

“O convite deve ser entregue em mãos, nunca na presença de ninguém, e o noivo ou noiva deve explicar para essa pessoa que está lhe fazendo uma deferência especial e pedir para que ela se abstenha de comentários, uma vez que nem todos serão convidados”, aconselha.

Ela afirma que se a pessoa afixar o convite em um local público, como um mural, por exemplo, além de impessoal, os noivos estão sujeitos ao comparecimento em massa dos colegas e podem não estar preparados para receber tanta gente.

Peneira - Maria Aparecida acrescenta que o critério para selecionar quem fica e quem sai da lista deve ser o grau de proximidade. “O casamento é um evento de âmbito familiar e social e não profissional.” Desse modo, diz, o chefe, se não for uma pessoa íntima, não precisa ser convidado.

O que a pessoa pode fazer é uma participação, ou seja, pendurar no mural da empresa um cartão escrito que os noivos participam os colegas de trabalho do casamento deles e oferecem a residência.

Tranquilidade - A executiva Luciana Leoni conta que na época de seu casamento, dois anos atrás, convidou o departamento inteiro, 55 pessoas, inclusive aquelas que tinham sido remanejadas para outras áreas havia pouco tempo.

“Chamei também alguns gerentes e diretores com quem a minha área e meu chefe tinham um relacionamento estreito. Essa postura me trouxe uma tranquilidade enorme para curtir os preparativos com os colegas de trabalho e também depois para contar sobre a lua de mel e mostras fotos”, diz.

“Financeiramente não faz muita diferença se você joga na planilha de gastos do casamento, o cálculo de 10 a 15% dos convidados que não comparecem ao evento mesmo. Com esse contingente de pessoas, a despesa é só do convite em si.”

Seleção - Já a advogada Lígia Maria Sodré Pereira, que vai se casar no fim deste mês, optou por convidar apenas as pessoas com quem tem mais amizade. “Eu adoraria chamar todo mundo, mas são 200 pessoas.”

“Algumas pessoas que não foram convidadas e que já casaram comentaram comigo que sabem o quanto é difícil definir a lista. Mas, mesmo assim, eu ainda fiquei meio sem graça em não poder convidar todos. Sempre tem alguém que mesmo sabendo tudo isso ainda critica”, diz.

Clima ruim – Mas para quem fica de fora da lista o sentimento de “exclusão” pode aflorar. A própria Luciana diz que não foi convidada para dois casamentos de pessoas do trabalho e achou “deselegante”.

“A gente passa mais tempo dentro da empresa do que em família, é um fato. A menos que a pessoa realmente não tenha condições financeiras, acho terrível convidar metade das pessoas que trabalham com você e a outra metade, não.”

O advogado Marcelo Santiago, que casou há um ano, diz que priorizou apenas três pessoas, com as quais tinha mais contato e se arrependeu de não ter convidado todo mundo - 20 colegas. “Além de eu poder ter compartilhado um momento da vida muito feliz, talvez essas pessoas me vissem de uma forma diferente hoje.” Mas ele avalia que o clima no trabalho não ficou ruim. “Ficou apenas mais frio e profissional.”

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